quinta-feira, 28 de abril de 2011

Loja de calçados usa arte do grafite em sua campanha


A fronteira entre a cultura da rua e a cultura da moda é o tema da nova campanha Outono-Inverno Omar Calçados. Criada pela Fuego, de Curitiba, a campanha adota o grafite como símbolo da inspiração que vem da rua, que por sua vez também serve de passarela para a moda. Dividida em três fases, a campanha é fortemente apoiada em mídia exterior, contando com placas e painéis de variados tipos e tamanhos, do mobiliário urbano a outdoors triplos e com aplique.


Na primeira fase, prevista para veicular durante uma semana apenas, a campanha mostrava cartazes simples, com muito espaço em branco. Ao fim da primeira semana de exibição, 05 pontos de mídia exterior sofreram intervenções ao vivo de 05 artistas de rua (integrantes do coletivo Mucha Tinta: Renato Faccini, Jorge Galvão, Dimas, Rimon e Caio “Baycroc” Bill), que grafitaram seus desenhos diretamente nas lonas, com auxílio de andaimes e equipamentos de proteção. Paralelamente, os 200 pontos de mobiliário urbano e os cerca de 20 pontos de outdoor que não sofreram intervenção direta tiveram suas lonas trocadas por outras, que traziam a aplicação digital das artes criadas pelos grafiteiros.
Nesta mesma semana entrou no ar o hotsite: www.meugrafite.com.br, que convida a galera a grafitar o seu próprio muro, usando ícones e grafismos criados pelos artistas. O muro criado pode ser salvo e compartilhado no Facebook. Os muros que receberem a maior quantidade de “Likes” no Facebook serão contemplados com vales-compra e outros prêmios, como tênis customizados e ecobags com as artes da campanha.
Neste último fim de semana foi a vez da fachada da loja da Rua Emiliano Perneta ser totalmente grafitada.
A campanha conta ainda com um jingle, que mistura a música pop das passarelas ao hip-hop das ruas, contribuindo para reforçar o mote “tá na moda, tá na rua”. Para finalizar, o grande volume de lonas usado na campanha será doado ao Instituto Arte Geral, que trabalha na arte-educação de crianças e jovens. A ONG confeccionará bolsas com as lonas, reciclando o material e gerando uma fonte de renda alternativa para o projeto.
FONTE: Flavio Vidigal - ideafixa.com

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Em Paris: Vitrine brasileira da sétima arte

O cineasta Nelson Pereira dos Santos e o escritor Jorge Amado são os dois grandes homenageados deste ano no 13º Festival de Cinema Brasileiro de Paris, na França. O evento, que ocorre entre 4 e 10 de maio, é uma importante vitrine da produção nacional na Europa, em que são exibidos filmes de vários períodos (documentários e ficções) e a nova safra concorre a prêmios. Na programação paralela, encontros, debates e retrospectivas esmiuçam o audiovisual brasileiro.
Este ano, o festival presta homenagem a dois indivíduos cujo trabalho tem atravessado fronteiras e os anos sem perder a força. Nelson Pereira dos Santos é um dos maiores cineastas do país, trouxe uma série de inovações técnicas e narrativas ao cinema brasileiro. Senhor absoluto da linguagem cinematográfica, ele sabe como poucos explorar a intensidade das histórias de Jorge Amado, que levou para a tela.
Os filmes que são os frutos deste encontro são obras muito pessoais, que revelam um mundo de rara beleza e sensibilidade, sem perder de vista as preocupações sociais e políticas que marcaram a vida desses dois autores brilhantes. A pré-seleção de filmes de Nelson Pereira dos Santos traz Rio Zona Norte (1958), Boca de Ouro (1962), Vidas Secas (1963), Azyllo Muito Louco (1969), Como Era Gostoso o Meu Francês (1970), Memórias do Cárcere (1984) e Bahia de Todos os Santos (1985).
Jorge Amado escreveu cerca de 30 livros, traduzidos em mais de 50 línguas. Vários dos seus romances foram adaptados para o cinema, cujo sucesso Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto, é um dos mais bem-sucedidos. A 13ª edição do Festival presta homenagem ao embaixador da literatura brasileira, que morreu há 10 anos, em Salvador (BA). Uma retrospectiva dos quatro filmes de suas obras será apresentado ao público francês, para que eles descubram o melhor deste grande escritor brasileiro no cinema.
Competição - Este ano cerca de 30 filmes serão oferecidos para o público francês. Entre os que participam da mostra competitiva de ficção estão: Como Esquecer, de Malu De Martino; Chico Xavier, de Daniel Filho; Malu de Bicicleta, de Flávio Ramos Tambellini; 180 Graus, de Eduardo Vaisman; Além da Estrada, de Charly Braun; Os Famosos da Morte e Os Duendes, de Esmir Filho; As Melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodansky; e Desenrola, de Rosane Svartman.
Entre os documentários, estão: UPP, de Wagner Novais, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos e Rodrigo Felha; O Manuscrito Perdido, de José Barahona; Uma Noite em 67, de Renato Terra, Ricardo Calil; Cortina de Fumaça, de Rodrigo Mac Niven; Memória Cubana, de Alice de Andrade e Iván Nápoles; Terra Deu, Terra Come, de Rodrigo Siqueira; Gisele Omindarewá, de Clarice E. Peixoto; Rio Sonata: Nana Caymmi, de Georges Gachot; Diário de Uma Busca, de Flávia Castro; e Noel Rosa Poeta da Vila e do Povo, de Dacio Malta.
Eventos paralelos - Para apoiar o 13º Festival de Cinema Brasileiro, três outros eventos serão realizados durante o período. Um deles é o Encontro com Nelson Pereira dos Santos, organizado pela União Latina, a Casa da América Latina e da associação Jangada, com a participação de Paulo Antonio Paranaguá, um jornalista do Le Monde, de Marie-Christine Navacelle, ex-comissária do Cinema du Reel, e Lisa Ginzburg, diretora de Cultura da União Latina.
Haverá ainda uma exposição de fotografias do artista brasileiro Pedro David e o lançamento do livro A Viagem do Cinema Brasileiro da Atlântida para a Cidade de Deus, o Renascimento do Cinema Brasileiro, de Lawrence Desbois (Editions L"Harmattan, Paris).
FONTE: Gazeta Digital